Desde que fui
mãe que a minha vida mudou, de várias formas, em várias fases e sempre
procurando o bom senso.
A verdade é
que estou numa fase de exaustão psicológica, onde dou por mim a tentar auto
acalmar-me. Dou por mim a pedir ao R. que me ajude a procurar o meu equilíbrio
mental…
Aqueles que
são pais como eu, e cujos os filhos ainda não estão na escola e não tem
trabalhos de casa…MEUS AMIGOS, APROVEITEM!!!!!
O meu A. tem 7
anos (quase a fazer os 8), a carga horária diária é das 9h30 às 17h30, em que
tem 3 dias de educação física na escola e tem 3 dias de Karaté fora da escola.
Normalmente
traz poucos (ou não traz) trabalhos de casa para fazer mas quando chega à 6ªf os
trabalhos de casa aparecem e não são poucos.
Por regra,
mesmo que não traga trabalhos fazemos revisões de alguma das disciplinas.
Tentamos com que exercite a mente em alguma matéria.
Estas crianças
têm uma carga horária enorme, onde o espaço/tempo para brincar é cada vez menor.
Entre
trabalho/escola, acompanhamento/treino, rotina diária/lazer, o tempo que nos
sobra é cada vez menor.
E lá vamos
tentando, dentro do melhor possível aproveitar da melhor forma possível o tempo
que nos resta.
Devido à
rotina semanal (que será tema para outro post), é ao sábado que tenho tempo
para as compras e limpeza da casa.
E é também
neste dia, que a manha ou a tarde é dedicada a acompanhar os estudos do A.
Entre as
dificuldades dele, a falta de concentração, a pré adolescência (ou lá o que
isto for), dou por mim a exaltar-me, a não conseguir perceber por que razão não
percebe o que lhe explico…
“Tu não sabes
explicar bem!”! Ora bolas!
Os conteúdos
que estas crianças dão na escola…quando chegarem ao secundário sabe lá Deus o
que vão aprender.
Este último
sábado foi “doloroso”…optei por tratar da casa logo de manha, levei o A. ao
cabeleireiro, almoçamos e rumo a casa para estudar.
Embora lhe
tivesse explicado que iríamos fazer os trabalhos de tarde e que o lazer só
viria depois de estar tudo feito, começou logo a molengar. Faço um esforço para
que faça os trabalhos sozinhos e só em caso de dúvida me chama…mas as dúvidas
aparecem logo que agarra nos cadernos.
Imagem tirada da net
Ainda consegui
adiantar o jantar enquanto o ajudava mas rapidamente comecei a “bater mal” com
as dúvidas existenciais.
No meio do
desespero, liguei ao R. para saber quando saía do trabalho…precisava de fazer
pausa!
Eram 19h10
quando o R. chegou a casa…peguei nas chaves, respirei fundo, disse para ser ele
a continuar a ajudar o A. e saí de casa! Terapia no mediato, ir às compras ao
Pingo Doce lol!
Quando
regressei já tinham feito os exercícios que estavam em falta, tinham revisto
todos os outros e tudo estava calmo… e eu, arrumei as compras e fiz o jantar.
Jantamos,
conversamos, reconhecemos os erros de cada um e mais uma vez prometermos ser
melhores…
Eu preciso de
aprender a controlar as emoções, preciso de aprender a compreender melhor as
atitudes…mas também preciso de educar o A. diariamente.
Sinto que lida
comigo de forma diferente, que me coloca á prova constantemente… e com o R.
isto não acontece.
E dou por mim
em revolta constante comigo mesma. Triste porque não me controlo nem controlo
as minhas emoções.
A noite de
sábado foi calma e todos descansamos.
No domingo o
A. acordou sozinho, fez tudo com calma e às 9h30 estávamos prontos para ir para
a catequese.
Entre a
catequese e missa consigo ter uma 1h15 só para mim J
E aproveitei
para relaxar, beber um café e estar com os meus pais J
Quando cheguei
à igreja o A. veio ter comigo e pediu-me uma moeda para ir comprar uma vela,
para colocar junto à imagem de Nossa Senhora.
Perguntei qual
a finalidade da vela…respondeu, “para que eu me porte melhor”. Contive a
lágrima e quando o ajudei a acender a vela, também eu pedi a Nossa Senhora para
me ajudar a ser melhor.
Bolas, isto da
maternidade não é fácil…
Que Hoje, eu
seja melhor do que aquilo que fui ontem!